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Brasil Lidera BRICS na Expansão do Uso de Moedas Locais, Mas Descarta Moeda Comum

  • Foto do escritor: techimpexlogistics
    techimpexlogistics
  • 26 de fev.
  • 2 min de leitura

Sob a presidência rotativa do Brasil desde 1º de janeiro de 2025, o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) está intensificando o uso de moedas locais nas transações comerciais e investimentos entre os países-membros. Essa iniciativa visa reduzir os custos operacionais e diminuir a dependência do dólar americano nas operações financeiras do bloco.

Mauricio Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores do Brasil e negociador-chefe do país no BRICS, destacou que o uso de moedas locais já é uma prática comum no comércio bilateral entre os membros do grupo desde 2015. Ele afirmou que essa abordagem continuará sendo promovida durante a presidência brasileira, com o objetivo de fortalecer as economias emergentes e tornar as transações mais eficientes.


Apesar das especulações sobre a criação de uma moeda comum para o BRICS, Lyrio esclareceu que esse tema não está em discussão no momento, devido à complexidade envolvida na harmonização das economias dos países-membros. No entanto, ele não descartou a possibilidade de que, no futuro, os chefes de Estado possam considerar essa ideia em um horizonte mais distante.


Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou impor tarifas de 100% sobre as importações dos países do BRICS caso o grupo busque alternativas ao dólar nas negociações internacionais. Entretanto, o governo brasileiro afirmou que a decisão de não discutir a criação de uma moeda comum não está relacionada a essas declarações, mas sim à complexidade intrínseca do processo.


Além do foco no uso de moedas locais, o Brasil delineou outras prioridades para sua liderança no BRICS em 2025. Entre elas estão a cooperação em saúde, financiamento de ações contra as mudanças climáticas, promoção do comércio e investimentos, governança da inteligência artificial e o desenvolvimento institucional do bloco. Esses temas serão debatidos nas reuniões dos principais negociadores dos países-membros, previstas para os dias 25 e 26 de fevereiro, em Brasília, como preparação para a Cúpula de Chefes de Estado do BRICS, agendada para 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro.


A estratégia de ampliar o uso de moedas locais nas transações internas do BRICS reflete um movimento crescente entre as economias emergentes de buscar maior autonomia financeira e reduzir a exposição às flutuações do dólar. Embora a criação de uma moeda comum não esteja nos planos imediatos, o fortalecimento das moedas nacionais e a cooperação econômica mais estreita entre os membros do bloco podem pavimentar o caminho para futuras iniciativas nesse sentido.




fontes: Agência Brasil, CNN Brasil, O Dia, The Wall Street Journal, Reuters





 
 
 

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